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Reconstruída na década de 1530, com o patrocínio régio, a igreja da Graça apresenta planta longitudinal, de nave única, precedida de nártex e coro alto sobre a entrada. No exterior, o principal foco de interesse reside na original fachada, da autoria de Nicolau Chanterenne, com composição em duplo frontão, variados elementos decorativos e escultóricos, e quatro atlantes sentados (os “meninos da Graça”) no remate superior. No interior, no espaço da capela-mor, que se destinou a mausoléu de D. Afonso bispo de Évora, destaca-se um conjunto de três janelas perspetivadas com decoração em baixo-relevo atribuídas ao mesmo artista (falta o cenotáfio, hoje no Museu de Évora).
No convento destaca-se o claustro clássico atribuído a Miguel de Arruda, e a pequena torre, adjacente à igreja, que contém a primeira cúpula de caixotões do Renascimento português (Moreira, 1991).
O conjunto sofreu várias alterações ao longo do tempo, não só em virtude dos múltiplos desabamentos da nave do templo (1656, 1884) e de partes do convento (1957), como também pela adaptação das dependências do convento às diferentes ocupações após a extinção das ordens religiosas (1834).
O trabalho desenvolvido consistiu essencialmente no levantamento das estruturas existentes, produzindo um arquivo fotográfico e um conjunto de desenhos de levantamento e interpretação de vários momentos que se pensa corresponder às principais alterações ao conjunto de igreja e claustro.
Ana Ferreira · José Freitas · Mariana Campos · Mónica Jorge · Pedro Santos · Suse Mariz
2012/2013