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O Mosteiro de Santa Cruz foi fundado em 1131 pela Ordem dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, datando a primitiva igreja românica, da qual hoje apenas restam vestígios, do século XII. No início do século XVI, o rei D. Manuel promove uma extensa campanha de obras que conferiu à igreja o aspeto próximo do atual. Os trabalhos reflectiram-se numa igreja nova de nave abobadada, marcada por duas torres na fachada, e uma nova capela-mor que incluiu os túmulos dos primeiros reis de Portugal. Destacam-se ainda os trabalhos da nova sala do capítulo e sacristia (mais tarde reedificada) e a reconstrução do claustro do Silêncio.
A reforma dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, iniciada por Frei Brás de Braga em 1527, dá início a uma 2ª campanha de obras quinhentistas, então impulsionadas por D. João III. Destacam-se a nova portaria e respetivo claustro (hoje desaparecidos), o claustro e a fonte da Manga, o novo refeitório a norte do claustro do Silêncio, e um extenso dormitório no nível superior do convento, de que hoje resta apenas uma parte.
Na década de 1870 edificou-se o edifício da Câmara Municipal de Coimbra sobre o antigo claustro da portaria.
Já no século XX, foram demolidas algumas estruturas para permitir a abertura da Rua Olímpio Fernandes, e procederam-se a obras de adaptação do mosteiro nos espaços onde funcionam atualmente os serviços da Câmara Municipal de Coimbra.
Baseado nos documentos escritos e gravuras antigas conhecidas, o trabalho desenvolvido consistiu na interpretação do edifício quinhentista do mosteiro e na produção de desenhos relativos às fachadas norte e poente, planta e cortes da ala do dormitório, e sequência em corte dos claustros da Portaria, do Silêncio e da Manga.
Fernando Couto · Inês Parreira · Joana Roseiro · Tânia Oliveira
2012/2013